quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Merry Christmas Everyone!

O Natal já não é "O Natal". Há alguns anos que deixou de ser. Deixou de haver aquela alegria, aquela ansiedade. Deixou de haver a contagem decrescente "só falta uma semana" (passou a "já só falta uma semana?"). Deixou de haver as reuniões em casa da avó. Deixou de haver a confusão de quase 20 pessoas a falar ao mesmo tempo. Deixou de haver os sacos do lixo pretos, com as prendas dentro, para a sala da casa da avó, para se partilhar com a família toda. Deixei de ser a mais nova. Deixei de ser criança. Deixei de ter espírito natalício, deixei de fazer a contagem decrescente, deixei de viver o Natal. Passo por ele com a única diferença que recebo e dou prendas, que recebo e envio sms (mas continuo a apreciar as luzes de Natal na Baixa). Ainda tento enviar sms's personalizadas, ao contrário de muitos, mas chego a meio e pergunto-me "para quê"? Penso que já ninguém liga muito a isso por se ter tornado tão comum...

De qualquer forma,

Feliz Natal a todos!

EC

O que são palavras? O que é a palavra "palavra"?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Qualquer música

Qualquer música, ah, qualquer,
Logo que me tire da alma
Esta incerteza que quer
Qualquer impossível calma!

Qualquer música - guitarra,
Viola, harmónio, realejo...
Um canto que se desagarra...
Um sonho em que nada vejo...
Qualquer coisa que não vida!
Jota, fado, a confusão
Da última dança vivida...
Que eu não sinta o coração!

Fernando Pessoa

thank you

for making me feel really stupid.

domingo, 21 de dezembro de 2008

la revancha del tango

Tenho a dizer que, para quem nunca ouviu Gotan Project ouçam, é excelente.
Ao vivo ainda melhor! Grande concerto, grande espectáculo!

Deixo aqui uma das músicas mais conhecidas deles.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Santa Maria (del Buen Ayre)

Campo Pequeno, here I go!

histats

Acabei de me aperceber que a maior parte das visitas a este blog se devem à procura de "Brad Pitt" (e as variações "Bred Pitty" e "Brad Pitty") e de "Josh Hartnett". Não tenho nada de interessante para além das fotos destes actores.

domingo, 14 de dezembro de 2008

well, you done done me...

Acabei de ler uma óptima noticia: Jason Mraz ao vivo no Campo Pequeno dia 19 de Março!
Se viessem cá o James Morrison e a Christina Aguilera seria o meu ano dos concertos com certeza.

Deixo aqui aquela música que me deixa sempre um sorriso e que me põe a cantar.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tragic Flaw

The more things change, the more they stay the same. I'm not sure who the first person was who said that. Probably Shakespeare. Or maybe Sting. But at the moment, it's the sentence that best explains my tragic flaw: my inability to change.

I don't think I'm alone in this. The more I get to know other people, the more I realize it's kind of everyone's flaw. Staying exactly the same for as long as possible, standing perfectly still... It feels better somehow. And if you are suffering, at least the pain is familiar. Because if you took that leap of faith, went outside the box, did something unexpected... Who knows what other pain might be waiting out there. Chances are it could be even worse.

So you maintain the status quo. Choose the road already traveled and it doesn't seem that bad. Not as far as flaws go. You're not a drug addict. You're not killing anyone... Except maybe yourself a little.

When we finally do change, I don't think it happens like an earthquake or an explosion, where all of a sudden we're like this different person. I think it's smaller than that. The kind of thing most people wouldn't even notice unless they looked at us really, really close. Which, thank God, they never do. But you notice it. Inside you that change feels like a world of difference. And you hope this is it. This is the person you get to be forever... that you'll never have to change again.

"Ephram Brown"

sábado, 15 de novembro de 2008

Kiwi

É preciso acreditar que vamos conseguir fazer aquilo com que sempre sonhámos, mesmo que seja a última coisa que façamos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

De que cor são os (teus) sonhos?

Passo a publicidade...
(aquela mão é minha)

Os meus têm demasiadas cores e os teus?

sábado, 18 de outubro de 2008

and if you're dammed, you'll never let yourself be diseased.

I want it to kick so hard it will break my bones, to cut so deep it will hit my soul. I want it to tear my skin and make my blood flow. It's better if I know (than never know it at all). I just hope I'm not damned.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

.

"Sentimos que, por fim, essa inesgotável fantasia se fatiga, se esgota numa perpétua tensão, porque amadurecemos e superamos os nossos ideais antigos, os quais se desfazem em pó e se desmoronam e, se não existe outra vida, é preciso construí-la mesmo com essas ruínas (...). É pois, em vão que o sonhador procura entre as cinzas dos seus velhos devaneios pelo menos qualquer cintilação para lhe soprar em cima e aquecer com um fogo novo o seu coração arrefecido."

Noites Brancas, Dostoievski

domingo, 5 de outubro de 2008

And now for something completely different...

... Não tenho nada a dizer e "posto" sobre isso, quando muitas vezes tenho muita coisa a dizer e não tenho coragem para postar.

sábado, 4 de outubro de 2008

Os 10 + actores

Desafio lançado pelo Gonçalo com o objectivo de escolher os actores que, a meu ver, são os 10 melhores da actualidade. É dificil fazer um Top 10 de actores, visto que há tantos e tão bons, obviamente que muitos ficam por mencionar*.



10 -Emile Hirsch

9 - Ryan Gosling


8 - Brad Pitt
7 - George Clooney

6 - Jim Carrey

5 - Robin Williams

4 - Ethan Hawke

3 - Josh Hartnett

2 - Robert De Niro

E finalmente:

1 - Johnny Depp




Porque é simplesmente grande e por isso até merece duas fotos.
E agora passo o desafio a quem o quiser fazer.


*tais como Heath Ledger, Anthony Hopkins, Bruce Willis, John Cusack, Al Pacino entre outros...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

Vocês sabem lá

Porque a música é lindissima e porque a escstunis é grande. (e muito melhor ao vivo.)



Vocês Sabem Lá
Música de Carlos Nóbrega e Sousa, letra de Jerónimo Bragança

Vocês sabem lá
A saudade de alguém que está perto
É mais, é pior
Do que a sede que dá no deserto
É chama que a vida ateia
Sem dó
Na alma da gente ao sentir
Que vive só


Vocês sabem lá
Que tormento é viver sem esperança
E ter coração
Coração que não dorme nem cansa
Não há
Maior dor nem viver mais cruel
Que sentir o amargo do fel
Em vez de mel
Vocês sabem lá

Nota: O vídeo já tem quase 2 anos.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Hopefully


Se tudo correr bem, here I go! :)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Comprovado.

* ( I don't want to survive! I want to live!) *

É mesmo tão bom quanto parece :D

Wall-E


Será que é tão bom quanto parece?

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Arrumar(-me)

Reticências

Arrumar a vida, pôr prateleiras na vontade e na acção.
Quero fazer isto agora, como sempre quis, com o mesmo resultado;
Mas que bom ter o propósito claro, firme só na clareza, de fazer qualquer coisa!

Vou fazer as malas para o Definitivo,
Organizar Álvaro de Campos,
E amanhã ficar na mesma coisa que antes de ontem — um antes de ontem que é sempre...
Sorrio do conhecimento antecipado da coisa-nenhuma que serei.
Sorrio ao menos; sempre é alguma coisa o sorrir...
Produtos românticos, nós todos...
E se não fôssemos produtos românticos, se calhar não seríamos nada.
Assim se faz a literatura...
Santos Deuses, assim até se faz a vida!

Os outros também são românticos,
Os outros também não realizam nada, e são ricos e pobres,
Os outros também levam a vida a olhar para as malas a arrumar,
Os outros também dormem ao lado dos papéis meio compostos,
Os outros também são eu.
Vendedeira da rua cantando o teu pregão como um hino inconsciente,
Rodinha dentada na relojoaria da economia política,
Mãe, presente ou futura, de mortos no descascar dos Impérios,
A tua voz chega-me como uma chamada a parte nenhuma, como o silêncio da vida...
Olho dos papéis que estou pensando em arrumar para a janela,
Por onde não vi a vendedeira que ouvi por ela,
E o meu sorriso, que ainda não acabara, inclui uma crítica metafísica.
Descri de todos os deuses diante de uma secretária por arrumar,
Fitei de frente todos os destinos pela distracção de ouvir apregoando,
E o meu cansaço é um barco velho que apodrece na praia deserta,
E com esta imagem de qualquer outro poeta fecho a secretária e o poema...
Como um deus, não arrumei nem uma coisa nem outra...

Álvaro de Campos


Lembrei-me de ir ver este poema de Álvaro de Campos, porque estou numa de arrumações, literalmente falando - estou mesmo a arrumar o meu quarto – o que me faz também pensar que não é só o meu quarto que estou a “arrumar”. Tendo a comparar esta arrumação como a “minha” arrumação. Um “Arrumar a vida”.
Tenho tanta coisa aqui... Desde livros do básico, a cadernos, até folhas da primária. Guardo tudo, não deito nada fora. Guardo tudo para mim. Não sei porquê, simplesmente não gosto de deitar as coisas fora. O que me leva a ter cadernos e cadernos, dossiers e dossiers, folhas e folhas. Desnecessários. Apenas a ocupar espaço, onde poderiam estar novas coisas. Em vez de folhas já escritas, talvez blocos em branco prontos a serem utilizados. Em vez de cadernos passados, talvez cadernos prontos a serem escritos. E por aí adiante. Não é que eu não queira deitar tudo fora, trazer novas folhas em branco e escrever nas novas folhas em branco... mas não consigo. Começo a reler os livros, os trabalhos, começo a recordar os momentos e simplesmente, por muito que eu queira arrumar, fica tudo no mesmo sítio: “não arrumei nem uma coisa nem outra”. São os livros que trazem a saudade de tempos passados que já não voltam mais... talvez por esses momentos já não poderem voltar mais, quero ficar com aquilo que os representa.

Mas estou a ficar sem espaço no meu armário... Já quase lá não cabe nada. Está na hora de comprar um armário novo, mas não vai passar tudo para lá. Não... Só o que eu quiser. Os momentos ficarão guardados na minha memória (espero) e não no meu armário. Novas coisas virão para o novo armário, folhas em branco, cadernos em branco, dossiers sem folhas. E daqui a uns anos estará tudo novamente escrito, na altura em que eu fizer arrumações e deitar tudo fora...
Mas, apesar de ir “fora”, vai continuar cá, em mim. Todos aqueles momentos passados, todos os "momentos" que estavam dentro do armário, continuarão no armário, apenas noutra compartição... Uma mais racional.

Portanto, vou organizar-me... mas vou “ficar na mesma coisa que antes de ontem — um antes de ontem que é sempre...”

No final, vou acabar mesmo por não arrumar nada... ("Mas que bom ter o propósito claro, firme só na clareza, de fazer qualquer coisa!")

É por isto que detesto arrumações.

domingo, 3 de agosto de 2008

Carpe diem

Muitos poetas escrevem sobre ‘aproveitar a vida’, quando ainda não a viveram. Muitos críticos falam dos livros que não escreveram ou dos filmes que não realizaram. Muitos poetas escrevem acerca da dor que não sentem. Muitos amantes temem a dor que ainda não sofreram. Muitos sonhadores falam dos sonhos que ainda não concretizaram. Muitos idealistas falam, escrevem, desabafam as suas ideias permanentes que não cessam. Muitos fazem aquilo que não queriam, e muitos queriam fazer aquilo que não têm coragem. Muitos se calam quando querem falar e muitos falam quando deviam permanecer calados.
Muitos pensam no amanhã enquanto deveriam aproveitar o hoje.

Como disse Robert Herrick:



Gather ye rosebuds while ye may,
Old Time is still a-flying;
And this same flower that smiles today
Tomorrow will be dying.


15/11/2007

domingo, 13 de julho de 2008

Aqui.

Porto Côvo


"Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade."

Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, 10 de julho de 2008

So long.

In this moment of nostalgy
I guess I write to you
I've been constantly disapointed
for whatever you do.

After all we've been through
I still try to understand
If it was me doing it wrong
or if it was you all along.

This past few years
I guess I've learnt
Thank you for that
but why did it have to hurt?

Seriously, I'm kinda speechless
I really don't know what to say
I guess all you said
It was lies... I'm ashamed.

Ashamed of myself
for believing,
for trusting
for being always there to catch you
if you fall...
but from now on
I won't be there at all.

So be careful,
don't rely too much...
You took me as granted
don't make a rush
to take someone instead
Cos I know,
no one will be as patient
as I was...
They won't try.

My last word: Goodbye.

_
17.05.08

sexta-feira, 13 de junho de 2008

120 anos

Parabéns.

domingo, 8 de junho de 2008

Nostalgia

"Um dia a maioria de nos irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lagrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim...do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vao passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...isso vai doer tanto!

"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lagrimas abraçar-nos-emos.
Entao faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo.....

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: nao deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

quinta-feira, 29 de maio de 2008

18 primaveras.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

(...)

Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...

(...)

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Álvaro de Campos


_
nostalgia.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Simple as that.

"I believe if there's any kind of God it wouldn't be in any of us, not you or me but just this little space in between. If there's any kind of magic in this world it must be in the attempt of understanding someone sharing something. I know, it's almost impossible to succeed but who cares really? The answer must be in the attempt."

in Before Sunrise

domingo, 20 de abril de 2008

Há de ser um dia.







Bela iniciativa por parte da Nicola, deixa-me sempre com um sorrisinho parvo :)

terça-feira, 15 de abril de 2008

Free

Deu-me uma vontade (boa) de recordar músicas antigas...

I wish I knew how it would feel to be free
I wish I could break all the chains holding me
I wish I could say all the things that I should say
Say 'em loud say 'em clear
For the whole wide world to hear

I wish I could share
All the love that's in my heart
Remove all the bars that keep us apart
And I wish you could know how it is to be me
Then you'd see and agree that every man should be free

I wish I could be like a bird in the sky
How sweet it would be if I found I could fly
Well I'd soar to the sun and look down at the sea
And I'd sing cos I know how it feels to be free

I wish I knew how it would feel to be free
I wish I could break all the chains holding me
And I wish I could say all the things that I wanna say
Say 'em loud say 'em clear
For the whole wide world to hear
Say 'em loud say 'em clear
For the whole wide world to hear
Say 'em loud say 'em clear
For the whole wide world to hear

One love one blood
One life you've got to do what you should
One life with each other
Sisters, brothers

One love but we're not the same
We got to carry each other Carry each other
One One One One One...

I knew how it would feel to be free
I knew how it would feel to be free


[Lighthouse Family - Free]

... e fazem tanto sentido.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Hoje



As pessoas, hoje,
não andam, correm;
não param, cruzam-se;
não conversam, gesticulam;
não escutam, ouvem;
não vêem, olham;
não sentem, reagem;
não convivem, estão juntas.

As pessoas, hoje,
caminham lado a lado
sem jamais se encontrarem.

Miguel Torga

Imagem: Encontrada algures na Internet

terça-feira, 1 de abril de 2008

And again I say...

"Some things that you say or do, are just like paper cuts to me... no one sees them, but they hurt like hell."



Re-post.

but you just can't stop letting me down...

domingo, 9 de março de 2008

Monthly Quote

Monthly Quote - Rubrica Mensal com algumas citações que gosto.
Citações essas que ficarão durante algum tempo no lado direito da página.

Fevereiro (atrasada)

“Too often we underestimate the power of a touch, a smile, a kind word, a listening ear, an honest compliment, or the smallest act of caring, all of which have the potential to turn a life around.”

Leo F. Buscaglia

É isso mesmo...
muitas vezes substimamos o poder de um toque, de um sorriso, de uma palavra simpática, de um ouvido ouvinte, de um elogio honesto, ou até o mais pequeno acto de carinho, tudo isto que tem o potencial de mudar uma vida...
muitas vezes substimamos muita coisa que não deveria ser substimada...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

E viva ao consumismo.

Hoje vou mostrar a minha indignação para com o Dia dos Namorados.

Como é usual, e como muita gente pensa, as solteiras(os) refilam sempre com este dia que é o 14 de Fevereiro. Mas isso é mentira. Eu, como boa solteira, posso refilar com o facto de ouvir o chamado PDA (para quem não sabe Public Dysplay of Affection, ou á portuguesa, os "marmelanços" ) em quase todos os transportes/espaços públicos, diariamente. Isso sim é refilar. Agora achar o dia dos Namorados um hino ao consumismo, já se chama saber discernir as coisas, vulgo inteligência.

Não era suposto o dia dos Namorados ser todos os dias (quando se tem parceiro, óbvio)?

Não era suposto dar prendas ao nosso "mais-que-tudo" quando bem nos apetecesse?

Não era suposto fazer-se algo diferente, e nada cliché, neste, ou outro dia (que poderia ser a 24 de Julho, ou outra data qualquer)?

Não era suposto isto não ser um "Natal-só-para-aqueles-que-têm-namorado(a)"?

Não era suposto ser-se romântico todos os dias possiveis e não só NESTE dia (em que normalmente não se é romântico, mas sim lamechas, ou "romântico-porque-tem-de-ser")?

Não era suposto isto não ser um ataque aos bolsos de quem está á mercê da publicidade?

Não era suposto "o Amor" ser demonstrado quando o Homem quiser e não numa dada pré-concebida?

O dia dos Namorados é então, de uma maneira triste, no meu ponto de vista (hoje), um dia de façanhas, faça quem faz melhor. Ou finja quem finge melhor. Ou gaste... quem tenha mais dinheiro. Sei lá.

Mas não é só neste dia, mostro a minha indignação quanto aos outros "dias": dia do Pai, o dia da Mãe, o dia da Mulher. Não é por ser "Dia da(o)" que vamos gostar mais do Pai, da Mãe ou das Mulheres. É para gastar? É. É para demonstrar carinho? Não. Isso, isso sim deveria ser sempre.

É impressão minha ou estamos numa sociedade cada vez mais consumista/materialista/fútil?
Ou então sou eu que vejo tudo muito mal e afinal isto é tudo muito bonito...


Não era suposto este texto ficar guardado como rascunho, como tantos outros? Era suposto sim senhora, mas como os outros supostos não são cumpridos, este também não.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A não perder:

Atonement - Expiação

Sweeney Todd - The Demon Barber of Fleet Street

Cloverfield
Estes (os mais recentes) e uma lista infindável de filmes que quero ver.

Confesso.

Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...

Álvaro de Campos

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Prometido?


Está prometido. Aperto de mão e tudo. É bom que cumpras. Sim, é para ti. *Puss in boots look* :D

domingo, 13 de janeiro de 2008

Ah e bom ano novo...!

(isto vem com um atraso de 13 dias... mas não há problema...)
Viva 2008!


Desejo e esperança que este novo ano traga tudo de bom que 2007 não trouxe e leve tudo de mau que o velho deixou.

Já estou como Campos.

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos